Reciclando ideias: uma abordagem mais simples sobre improvisação - Parte IV

Por: Danny Al varenga | Categoria: Guitarra e Violão, Improvisação 8431 exibições Dificuldade Intermediário

Olá, moçada ligada no Guitar Battle! Demorei, mas voltei.

Neste mês, nós passaremos para uma parte um pouco mais “prática” dos nossos estudos. Como já vimos muita teoria nas colunas passadas, sobre o assunto de campo harmônico maior e sobre o assunto de modos gregos, vamos procurar soluções para cada modo na prática, buscando diversas ferramentas como: arpejos de tríades e tétrades, pentatônicas, licks, patterns e etc… E ver como sintetizar e colocar tudo isso em prática de uma forma mais didática e menos complexa possível.

Quero salientar aqui um comentário comum quando explico esse tipo de matéria: “Ah, Danilo! Eu não consigo ter em modos gregos a mesma fluência que tenho com as pentatônicas, apenas consigo subir e descer a escala ou sempre erro as notas”. Pessoal o intuito da coluna é desmembrar essa matéria de forma que fique fácil e claro, ou seja, desmistificar. Lógico que leva-se um tempo até assimilar e fazer isso com maior facilidade. É como sempre passo para os meus alunos: “Tocar é a mesma coisa que falar um idioma”. Você não nasce fazendo frases ou falando palavras complexas e rebuscadas, ou se nasceu aqui provavelmente não nasceu falando francês fluentemente. Teve que estudar e muito. Então a ideia é estudar até conseguir desenvolver uma nova linguagem e, quem sabe, criar um novo estilo.

Vamos lá?

Escala Pentatônica

Antes de tudo, vamos revisar os modelos de escalas pentatônica. Lembrando que para improvisar bem é indispensável ter na manga uma gama muito grande de escalas e desenhos, além de saber aplicar todos eles tanto verticalmente como horizontalmente e diagonalmente. Pois assim se tem um aproveitamento muito mais amplo. Como sabemos, escala pentatônica nada mais é do que uma escala composta por Cinco notas (óbvio penta = cinco). Então aqui iremos ver quais os intervalos de cada pentatônica e os desenhos de pentas como penta m7, penta M7 e Penta blues. Os arpejos serão abordados um pouco mais para frente, mas
também são uma ferramenta fundamental para que se possa ter um bom fraseado e na criação de linhas melódicas bem interessantes. vamos ver mais de perto?

Pentatônica m7 – (To, 3b, 4j, 5j e 7a)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pentatônica m6 – (T, 3b, 4, 5, 6)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pentatônica M7 – (To, 3, 4j,5j e 7a)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Penta Blues – (To, 3b, 4j, 5j e 7a)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Analisando cada um dos modos – Soluções

A partir de agora, iremos fazer um estudo de maior perícia nas diversas possibilidades de utilização de acordes, arpeggios e escalas dentro de cada modo. Para tal, é necessário que você compreenda que cada um dos sete modos faz parte de um mesmo campo
harmônico, o qual é composto de sete notas “harmonizadas” conforme a figura abaixo:

 

 

 

 

 

 

 

 

Ainda assim existem sete tríades em cada campo harmônico e estas podem ser utilizadas ou como arpejo ou de forma melódica sobre cada modo. Exemplo:

Tríade de Em sobre o acorde de Cmaj7 (Jônio).

O mesmo irá ocorrer com arpejos de tétrades. Exemplo: Arpejo de Cmaj7 em cima de Am7 (Eólio). Com relação à escalas pentatônicas, temos sempre três possibilidades em cada campo harmônico.

Pentatônica menor do VIo Grau Relativa da pentatônica maior do Io Grau

Pentatônica menor do IIo Grau Relativa da pentatônica maior do IVo Grau

Pentatônica menor do IIIo Grau Relativa da pentatônica maior do Vo Grau

Como exemplo, no campo harmônico de C maior temos as escalas pentatônicas de Am/C, Dm/F,

Em/G.

Portanto pra cada modo, nós podemos utilizar cinco elementos diatônicos (combinações diferentes de notas de uma mesma escala):

1) Modos diatônicos – sequencia de notas ou intervalos que formam o modo.

2) Acordes diatônicos – acordes formados em cada modo ou grau da escala.

3) Arpejos – tríades diatônicas – as tríades formadas sobre cada grau e que podem ser tocadas na

posição fundamental, 1a e 2a inversões.

4) Arpejos – de tétrades diatônicas – as tétrades formadas sobre cada grau e que podem ser tocadas na

posição: fundamental, 1,a 2a e 3a inversões.

5) Escalas pentatônicas diatônicas – as três escalas pentatônicas menores construídas sobre os graus

menores e suas escalas pentatônicas relativas maiores construídas sobre os graus maiores.

Modo Jônio

 

Dê o play e tente tocar junto com o playback abaixo:

Então é isso, pessoal! Estudem junto com o playback e testem as possibilidades e vejam qual se adequa mais ao estilo de vocês que no próximo mês eu venho com as soluções para o modo Dórico.

Forte Abraço a todos. Keep Rock.