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      Guitarra e Violão Contrabaixo

      Videoaula explica as conexões entre tríades e escalas pentatônicas

      Por: Kiko Bragamonte | Categoria: Guitarra e Violão, Improvisação 16806 exibições Dificuldade Intermediário

      Olá, amigos do Guitar Battle.

      Nesta aula de hoje vamos discutir alguns conceitos interessantes para o “saber improvisar”. Digamos que para saber improvisar com excelência, que é o que todos buscamos, o estudo e prática são fundamentos indispensáveis. Vejo que muitos materiais sobre este assunto (improvisação) estão sendo postados na Internet todos os dias por muita gente qualificada. Agora o que realmente ensina? uma boa escola com ótimos músicos ou uma boa metodologia? Resultados de pesquisadores já apontam que a metodologia é o ponto fundamental para o ensino da música e que os resultados são muito mais eficazes quando ela consegue corresponder as expectativas do aluno.

      A metodologia empregada nesta aula é com base em conexões. A maior parte das pessoas que me procuram por e-mail e nas redes sociais tem a dificuldade de improvisar usando várias escalas diferentes no mesmo solo ou todos os shapes da pentatônica no mesmo improviso.

      As conexões entre escalas, acordes e tríades (e muito mais elementos) no mesmo solo ou improviso precisam ser estudadas no momento da aprendizagem, ou seja, não adianta estudar as pentatônicas separadas das tríades como nessa aula. Mudar a forma de ver o que já é seu, o que você estudou e interiorizou por semanas estudando e adaptar a uma nova maneira de improvisar, colocando as tríades dentro da pentatônica, por exemplo, é muito mais difícil e nisso com certeza você vai concordar comigo. O ideal é aprender já visando as conexões.

      Vamos observar o quadro abaixo:

      Escala maior T 2M 3M 4J 5J 6M 7M
      Penta T 3m 4J 5J 7m

       

       

      No esquema acima está a escala maior e a pentatônica em intervalos. Intervalos é o nome dado a distância entre uma nota e outra. Já pensando em conexões veremos os intervalos que permaneceram, os que saíram e aqueles que sofreram algum tipo de alteração. Podemos perceber claramente as mudanças e alterações e compreender que a sonoridade deste escala tem a peculiaridade de ser maior e menor praticamente ao mesmo tempo dependendo apenas da sua aplicação.

      Vamos pensar na tríade menor de Bb apenas nas três cordas mais agudas, as cordas G (3ª), B (2ª)  e E (1ª). O estudo por grupos de cordas é muito bom para a visualização e memorização do braço da guitarra e consequentemente da pentatônica do mesmo tom.

      Veja as imagens abaixo.

      T

      Bb

      3m

      Db

      5J

      F

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

      Mas professor! É realmente importante saber o nome de cada nota que compõe a tríade menor de Bb sendo que elas já estão dentro da pentatônica?

      Essa pergunta sempre aparece na sala de aula e a minha resposta é a seguinte:

      Primeiro começo com algumas perguntas. Você realmente quer saber improvisar? O aluno responde que “sim”. Você acha que o Hendrix, B.B.King, Clapton, Steve Vai e outros caras fizeram esta mesma pergunta que você ao professor deles? O aluno diz que não sabe. Você já ouviu falar em sobreposição de tríade? “Não”. Você precisa saber os acordes que estão sendo tocados na base na hora que você está improvisando? “Acho que não. Porquê Se eu sei a primeira “nota” da base já sei a pentatônica que devo tocar”.

      Depois desse nosso pequeno diálogo finalizo dizendo o seguinte: Provavelmente os caras que eu citei anteriormente não fizeram esta pergunta ao professor deles porque tinham a confiança nele e sabiam que se estava sendo ensinados era preciso ser estudado. Se eu não souber as notas da tríade dentro da pentatônica, como vou conseguir gerar “cores ou tensões”- aquelas notas que mudam todo o feeling do solo – no meu improviso? Como vou saber que talvez tocando a tríade menor de Bb vou estar gerando intervalos de nona, sétima, décima primeira e décima terceira sobre os acordes da base? Como vou buscar as minhas conexões entre a tríade e a pentatônica?

      Saber as notas que estão sendo tocadas na base é a forma de interpretar em qual tom está, ou seja, em qual campo harmônico estamos tocando e consequentemente quais escalas, modos gregos, arpegios e etc, vou aplicar. Começaremos apenas com esses três shapes de tríade para cada um deles um shape da pentatônica.

      Quero finalizar dizendo que as conexões são extremamente importantes para conseguir usar muitos elementos no mesmo improviso. É preciso saber tocar duas coisas ao mesmo tempo como tríade e pentatônica e saber tocá-las individualmente, mesmo que estejam dentro do mesmo shape.

      Se você leu tudo até aqui tenho certeza que tem um grande interesse de melhorar seu desempenho como músico e não somente como guitarrista. E só para frisar: é preciso ler, pesquisar e praticar o que estudamos com o instrumento na mão. Essas são coisas totalmente diferentes e cada uma delas merece um pouco do seu tempo.

      Acompanhe a videoaula do tema proposto:

      Abração e muito som sempre!

      Bons estudos.

      Deus abençoe!

      Kiko Bragamonte Alegrete / RS | 4 músicas | 87 batalhas | 8 lições
      Atua como professor ministrando aulas presenciais e online.
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