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      Guitarra e Violão Contrabaixo

      Reciclando Ideias: Uma abordagem mais simples sobre improvisação - Parte III

      Por: Danny Al varenga | Categoria: Guitarra e Violão, Improvisação 9984 exibições Dificuldade Intermediário

      Fala, pessoal ligado no Guitar Battle!

      Tudo em paz? Neste mês, nós vamos dar continuidade ao nosso estudo de improviso e falaremos um pouco sobre harmonia Vamp.

      Harmonia Vamp é um padrão harmônico que sempre caracteriza algum modo em particular dando ênfase maior à sua sonoridade. Esse tipo de harmonia é muito pertinente dentro do rock, pois combina muito bem se aliada à um bom Overdrive, além de ser muito presente no som de bandas de hard rock, que ainda utilizam esses “Vamps” como uma ferramenta muito útil para poder compor músicas inteiras, ou criar riffs. É possível notar esse tipo de harmonia em músicas do Van Halen, Joe Satriani, Steve Vai, entre outros mestres da guitarra. Vamos destrinchar isso mais de perto?

      Harmonia funcional (Uma breve introdução ao assunto):

      Antes de mais nada, é importante entendermos um pouco sobre as funções de cada acorde dentro do campo harmônico maior. Para isso, nós usaremos algumas siglas que sempre vemos em harmonia funcional (começaremos pelos três graus de tons principais e depois falaremos dos tons relativos menores), lembrando que isso não é tudo sobre harmonia funcional, porque este é um assunto muito amplo e que eu poderá ser melhor estudado no futuro:

      T = Tônica: em alguns casos esse “T” pode ser substituído por “F”, de fundamental. Na cifragem americana usa-se “R”, de Root, que traduzindo ao pé da letra quer dizer “fundamental”.

      S = Subdominante: (O IVº grau do campo harmônico maior) tem uma função de dar uma ideia de “movimentação”.

      D =  Dominante: o acorde dominante é o Vº grau da escala maior. Esse acorde geralmente tem uma ideia de “tensão” e a função dele é preparar para que você volte para a posição de relaxamento, que é a função tônica

      Então até aqui vimos que temos três funções que iremos trabalhar sempre em música e improvisação independente de estilo ou gênero: Tônica, Subdominante, Dominante. Vale salientar que todos esses são acordes maiores contidos no I, IV e V grau da escala maior, Sendo: Tônica o Iº grau, Subdominante o IVº Grau e Dominante o Vº grau da escala maior.

      Com base nisso teremos as funções relativas menores onde já é possível encontrar algumas substituições:

      Tr = Relativa menor da tônica: nada mais é que o VIº grau da escala maior. É o acorde menor relativo. Ex: se o tom é Dó maior, o relativo menor passa a ser o Lá menor – que está há seis graus acima da tônica.

      Sr = Relativa menor da subdominante: é o segundo grau da escala maior. Ele se encontra no acorde de VIº grau acima do IVº grau da escala maior.

      Dr = Relativa menor da dominante: é o relativo menor do Vº grau da escala maior. Encontra-se no acorde de IIIº grau da escala maior, já que se encontra há exatos seis graus acima do Vº.

      Partindo deste princípio teremos, também, as funções relativas secundárias, que nada mais são do que acordes que se encontram há três tons acima de cada um dos acordes das funções principais.

      Trs = Tonica relativa secundária: encontra-se no acorde de terceiro grau com relação a tônica.

      Srs = Subdominante relativa secundária: encontra-se no acorde de VIº grau, já que ele com relação ao IVº grau da escala é o terceiro grau.

      Drs = Relativo secundário da dominante: encontra-se no acorde de VIIº, já que o mesmo é o terceiro grau do Vº.

      Vou deixar aqui abaixo uma tabela, resumindo o estudo de vocês (apesar de ser algo complexo pra se entender de primeira, vale a pena saber cada uma dessas funções).

      Graus

      IIº

      IIIº

      IVº

      VIº

      VIIº

      Tétrades

      C7+

      Dm7

      Em7

      F7+

      G7

      Am7

      Bm7/5b

      Funções principais

      T

      S

       D

      Funções relativas menores

      Sr

      Dr

      Tr

      Funções relativas secundárias

      Trs Srs Drs


      Progressões sobre o campo harmônico maior:

      Maiores:

       

      Obs.: A cadência “II V I” é muito utilizada em jazz e MPB!

      Menores:

      Harmonia Vamp

      Nada mais é do que um padrão de harmonia que caracteriza algum modo em particular enfatizando sua sonoridade. Normalmente o baixo (tônica) tende a ficar estático (parado).

      Aplicação de tríade em harmonia do tipo Vamp:

      A utilização das tríades é um meio simples e eficiente para a criação de harmonias em Vamp, utilizando apenas 3 acordes podemos caracterizar qualquer modo. Para os que tocam Rock será uma boa alternativa, pois esse tipo de harmonia soa muito bem com um bom pedal de Overdrive, ou o drive do próprio ampli.

      Observando o campo harmônico de C em tríades:

      As tríades menores também funcionam, mas a sonoridade das tríades do I, IV e V grau tendem a destacar mais a característica de cada modo.

      Criando um Vamp para C Jônio: para tornar mais simples a compreensão do sistema, vamos relacionar as notas com seus respectivos intervalos.

                              I      II    III    IV    V    VI   VII

      C Jonio:        C     D    E     F    G    A     B

      Observe que quando somamos as três tríades considerando a nota C como tônica, teremos todas as notas (intervalos, tensões) do modo. Resumindo: teremos um aproveitamento harmônico maior.

      Vamp C Jônio:         ||: C   |   G/C  |   F/C    |   G/C  :||

      Se quisermos um Vamp Dórico no mesmo campo harmônico, simplesmente deslocamos a tônica para a nota D usando as mesmas tríades e assim sistematicamente para todos os modos.

      Exemplos de vamps sobre os modos – Campo harmônico maior.

       

      1.  Vamp C jônio – Tríades envolvidas: Iº, IVº e Vº Graus – C, F e G com o baixo em C.

      2 – Vamp Cm Dóico – Tríades envolvidas: Iº, IVº e Vº Graus – Bb, Eb e F.

      3- Vamp em Cm Frígio -  Tríades envolvidas: IVº e Vº – Graus, Db e Eb com baixo em C.

      4- Vamp em C Lídio -  Tríades envolvidas: Iº, IVº e Vº Graus – G, C e D com baixo em C.

      5- Vamp em C Mixolídio -  Tríades envolvidas: Iº, IVº e Vº Graus – F, Bb e C com baixo em C.

      6- Vamp em C Eólio -  Tríades envolvidas: Iº, IVº e Vº Graus – Eb, Bb e C com baixo em C.

      7) Lembrando que para harmonias do tipo Vamp há  ainda a possibilidade de acrescentar o Vamp Lócrio, onde vocês podem trabalhar com tríades do IIº, IIIº, IVº e VIIº grau – D#m Fm , F# e C com o baixo parado na nota C.

      Destes sete, contudo, este ultimo é o único que é menos “usual” devido ao fato de se ter a ter uma sonoridade um pouco mais “Torta” e dissonante. Porém, é bastante legal de explorar novas possibilidades além de enriquecer o vocabulário.

      Então por esse mês é só, pessoal! O que teremos de tarefa acumulada aqui será:

      • Decorar todos os shapes passados aqui das bases Vamp;
      • Treinar e tentar executar novas possibilidades de harmonia Vamp em outras regiões do braço da guitarra (lembrando sempre de manter o baixo do tom em questão estático);
      • Repassar esses desenhos em todos os tons possíveis do braço da “guitar”;

      Aguardo todos vocês no mês que vem, para que possamos continuar. Se você gostou do conteúdo e achou legal, compartilhe! Não esqueça de marcar aqui no canto inferior direito na aba “estudei essa lição”.

      Forte abraço e Let’s Rock!!!

      Danny Al varenga Tenha aulas particulares São Paulo / SP | 4 músicas | 4 batalhas | 4 lições
      Danilo Al Varenga é atualmente professor de guitarra do Instituto musical Toque Fácil, que fica ...leia mais »
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