Videoaula: Luiz Arantes ensina técnicas usadas no tema "Fast Forward FF"

Por: Luiz Arantes | Categoria: Guitarra e Violão, Técnica 13822 exibições Dificuldade Intermediário

Olá, amigos do Guitar Battle! Nesta aula vamos exemplificar algumas técnicas bem interessantes da guitarra. São técnicas variadas, que combinadas entre si produzem sonoridades agradáveis que vão ajudar a desenvolver o músico virtuoso dentro de você.

Darei uma breve definição sobre cada técnica e em seguida mostrarei como apliquei cada uma dessas ideias no meu tema “Fast Forward FF”. Espero que compreendam o conceito, aprendam o trecho da minha música e depois criem suas próprias frases dentro dessas linguagens.

Agora é bola na rede e som na guitarra:

Acompanhe a seguir a descrição do que foi visto na videoaula:

1 – Slide: é um termo inglês que quer dizer “deslizar” ou “escorregar”. Na guitarra, faremos com um dedo da mão esquerda se movendo para trás ou para frente, enquanto pressiona a corda contra o braço. Não faça muita força, apenas a força necessária para manter o som presente. Palhete uma nota e “arraste” a nota para outra casa, sem palhetar novamente.

2 – Harmônicos Naturais: coloque a parte traseira do dedo, não a ponta que você usa para pressionar a corda, mas sim a parte mais macia, da mão esquerda, exatamente por cima do 12º traste. Sinta a corda, mas não deixe que ela encoste na madeira do braço e nem no próprio traste. Palhete e assim que ouvir o som produzido, afaste a mão esquerda da corda para prolongar a duração da nota. Este é um fenômeno físico, que acontece em pontos que dividem a corda em partes iguais. Quanto menor a fração, mais aguda a nota e mais difícil será obter um som límpido. Estes são chamados Harmônicos Naturais porque trabalham com a corda solta. Uma nota pressionada com a mão esquerda produzirá uma nova série de harmônicos chamados “Harmônicos Artificiais” Agora decore estes harmônicos, que são os mais utilizados: 1º Harmônico: 12º traste – 1 oitava acima (corda dividida em 2 partes) 2º Harmônico: 7º traste – 1 oitava + quinta acima (corda dividida em 3 partes) 3º Harmônico: 5º traste – 2 oitavas acima (corda dividida em 4 partes) 4º Harmônico: 4º traste – 2 oitavas + terça acima (corda dividida em 5 partes).

3 – Tap Harmônicos: é uma maneira de obter harmônicos batendo com a ponta do dedo que você usar para fazer Tappings, precisamente num ponto onde exista um harmônico, conforme a série harmônica que você acabou de aprender no ponto anterior. Se for com a corda solta, será um Tap Harmônico Natural e acontecerá nos trastes 12, 7, 5 e 4. Isso equivale a 1/2, 1/3, 1/4 e 1/5 do tamanho total da corda. Quando você pressiona uma casa, você na verdade está encurtando o tamanho da corda. Ao invés de vibrar da ponte até a nut (pestana), a corda vai vibrar da ponte até o traste da casa em que você estiver. Observe com atenção e verá que o primeiro harmônico ficará sempre 12 casas a frente, o segundo 7 casas, e assim vai, na mesma proporção. O truque é dar um golpe rápido e certeiro, com a nota pressionada pela mão esquerda. Não precisa força, tem é que acertar no ponto exato. Distorção favorece e o captador da ponte também ajuda.

4 – Arpejos com Sweep Picking: Sweep Picking consiste em aproveitar o deslocamento da mão da palheta e palhetar duas ou mais cordas no mesmo sentido. Seja para baixo ou para cima. Normalmente usamos isso com notas dentro de um acorde, o que produz um arpejo. O conceito de arpejo é usar as mesmas notas do acorde, porém tocá-las uma de cada vez e sem deixar que os sons se misturem, pois se misturar, temos um efeito simultâneo, que é a característica do acorde. Arpejo é melódico. No exemplo eu uso o acorde de Am e acrescento as extensões si e ré, que são 9ª e 11ª em Am. Note que para além da técnica de Sweep, eu uso legatos quando tenho duas notas na mesma corda.

5 – Slide Tapping: o mesmo dedo usado para Tapping permanece na corda e percorre em Slide, para cima ou para baixo, antes de abandonar a corda. Isso alternado com a mão esquerda em Hammer-on, ou em português “martelo”, que é tocar sem palhetar, com firmeza no dedo da mão esquerda. O truque para esta técnica funcionar é usar a mesma nota em Slide Tapping e Hammer-on com slide no mesmo sentido.

6 – String Skipping: em português salto de corda. É trabalhar apenas com cordas distantes, continuamente. Neste exemplo, eu salto a segunda corda. Mantenha a palhetada alternada ou inclua o dedo anular no lugar de palhetadas para cima, nas cordas agudas. Chamamos isso de “Palhetada Híbrida”.

7 – Tapping: já foi aqui muito mencionado. Tapping é tocar com um dedo da mão direita no braço, como se fosse um dedo da mão esquerda. Usando Hammer-on na entrada, ou seja, firmeza. E também usando Pull-off na saída, para passar sustain para outra nota previamente colocada pela mão esquerda ou corda solta. Tente “estalar” a corda na saída. Não basta apenas levantar o dedo. O dedo do Tapping pode ser o indicador ou médio. Experimente e veja como se sente mais confortável. E o Pull-off pode ser para cima ou para baixo. Experimente também. Não existe uma maneira “certa” de fazer. Cada guitarrista pode optar pela execução técnica que gostar mais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Então é isso, amigos! Foi um enorme prazer, espero ter contribuído na jornada de vocês enquanto guitarristas. Espero voltar a ter contato com vocês no futuro!

Mais informações sobre o meu trabalho, você encontra no meu site oficial.