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      Guitarra e Violão Contrabaixo

      Reciclando ideias: uma abordagem mais simples sobre a improvisação

      Por: Danilo Al Varenga | Categoria: Guitarra e Violão, Improvisação 21195 exibições Dificuldade Intermediário

      Olá, galera do Guitar Battle!

      Sou Danilo Al Varenga, guitarrista e professor há alguns anos. De agora em diante, também estarei aqui no site do Guitar Battle, como colunista e trocando experiências com vocês sobre guitarras, música e improviso.

      Na prática da improvisação, se faz necessário o conhecimento teórico e prático dos elementos rítmicos, melódicos, teóricos e harmônicos. Sobre a parte rítmica será indispensável aprender a usar o metrônomo, além de conhecer algumas figuras rítmicas e suas respectivas pausas, porém, desde que sabendo aplica-las nos arpeggios e escalas prezando pelo “Time” correto e pelo bom senso. Sobre a parte harmônica é vital conhecermos bem intervalos, campo harmônico, harmonização de escalas (modos), construção de acordes (tríades e tétrades) e acordes com outras dissonâncias. Também vale ressaltar que é importantíssimo estudar inversões de acordes (tríade e tétrade), harmonia funcional, cadências harmonia modal, etc.

      Do ponto de vista prático é interessante saber os sete “shapes” das escalas, tanto na vertical, horizontal e diagonal, para um maior aproveitamento da extensão do braço da guitarra. Sobre o ponto de vista teórico é importante saber bem o campo harmônico de cada modo e também os intervalos que as escalas geram em cima do acorde (esse eu considero importante também saber de ouvido e reconhecer cada intervalo auditivamente).

      Sem mais delongas, vamos ao que interessa!

      Campo Harmônico Maior

      O modo jônio é a escala a qual chamamos convencionalmente de “maior natural”. Ex.: C, D, E ,F, G, A, B.
      É a escala original que irá compor o Campo Harmônico Maior e originar as demais escalas. Tomando como base o modo jônio e fazendo as possíveis inversões, geramos os outros modos que formam o Campo Harmônico. Ex:

      • C Jônio = C D E F G A B C. (Partindo da tônica)
      • D Dórico = D E F G A B C D. (Partindo do segundo grau da escala)
      • E Frígio = E F G A B C D E. (Partindo do terceiro grau da escala)

      Concluímos que C jônio, D dórico, E frígio, etc… são formadas pelas mesmas sete notas. Porém, estas notas são dispostas em ordens totalmente diferentes e a isso nós damos o nome de Escala Diatônica. Na verdade, o que caracteriza o modo é a nota que tem a função de tônica dentro da escala, ou seja, se na escala de C tivermos C como fundamental ou tônica, independente da ordem que tocarmos a escala ela terá função de C Jônio. Se deslocarmos a tônica para D a mesma escala passa a ter função de dórico e assim consecutivamente para outros modos. Na prática o indicador de tônica é o Acorde ou “Baixo”. Harmonizando cada um dos modelos (empilhando terças a partir da tônica de cada modo) encontraremos os acordes que compõem o campo harmônico maior.

      Modelo referencial para intervalos menores e diminutos:

      Obs.: As notas em vermelho são as notas características (grau característico) é o nome dado à nota que caracteriza um determinado modo. Este intervalo é aquele que diferencia a escala padrão (modo jônio ou eólio) dos demais modos. Lembrando que as tríades definem qual o tipo de acorde.
      Ex: Maior: T, 3, 5 Menor: T, 3b, 5 Diminuto: T, 3b, 5b Aumentado: T,3, 5#.
      Dissonâncias como 7ª, 2ª ou 9ª; 4ª ou 11ª; e 6ª ou 13 ª, além de dar um colorido especial ao som dos acordes de tríade, também podem definir a função modal dos mesmos, mostrando a qual modo o acorde é compatível. Alguns acordes podem ser compatíveis com mais de um modo.

      Os sete “shapes” (Desenho/Mapa):

      É imprescindível para quem quer tocar bem ou evoluir no instrumento ter as escalas sempre “embaixo dos dedos”. E tem inúmeras formas de você enxergar a mesma no braço do instrumento: (Vertical, diagonal e horizontalmente). Como pretendo, inicialmente, dar a importância de manter um maior aproveitamento da escala do instrumento, vamos nos ater somente ao formato de escala de “3 notas por corda”. Vale salientar que temos também o sistema 5 (que serão mostrados nos diagramas) e alguns modelos alternativos os quais eu não trabalharei agora. É importante estudar e se acostumar com esses sons, reconhecendo a sonoridade de cada um, e usar o metrônomo para o desenvolvimento da técnica.

      Opções de posições para os modos da escala maior:

      3 notas por corda:

      Lócrio

      Jônio

      Dórico

      Frígio

      Lídio

      Mixolídio

      Sistema “5” CAGED:

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

       

      Prática:

      Neste mês vimos à importância dos modos gregos e com ele vem uma série de estudos, à qual para podermos dar continuidade é imprescindível termos os shapes das escalas no “padrão do desenho de três notas por cordas” na ponta dos dedos! Por isso a tarefa aqui é praticar os desenhos e decorar todos desde o Lócrio até o Eólio em todos os tons possíveis, para um maior conforto do guitarrista e maior aproveitamento, vamos começar a trabalhar no tom de G maior na terceira casa da corda 6 (Mi). Não se esqueça de usar o metrônomo começando sempre de uma velocidade mais lenta e aumentando diariamente alguns “pontos” no metrônomo para não forçar.

      Então é isso. Valeu, galera. Nos vemos no mês que vem. Até a próxima, bons estudos e Bends up!

      Danilo Al Varenga
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