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      Guitarra e Violão Contrabaixo

      A ciência e a arte da improvisação

      Por: Alexandre Bastos | Categoria: Guitarra e Violão, Improvisação 12799 exibições Dificuldade Intermediário

      A improvisação pode ser considerada uma arte dentro do universo da cultura musical, pois, ela está presente desde que se tem notícia do primeiro ruído produzido pelo homem, sendo que a este ruído é atribuído o nome música.

      Temos ao longo dos séculos duas correntes, a música de concerto e a música popular. Longe de segmentar ou excluir, a improvisação (individual ou coletiva) também surge na música de concerto. Principalmente a partir do surgimento de compositores como: Wolfgang Amadeus Mozart, Claude Debussy, entre outros, com uma maior informalidade da improvisação ao rigor formal da composição da música de concerto.

      Por que a improvisação como ciência? Justifica-se pelo simples fato de que se exige muito empenho por parte do estudante (lembre-se que sempre seremos estudantes). É necessário ter conhecimentos sobre teoria geral da música, possuir intimidade com o instrumento (até mesmo a voz) e também boa noção de história da música, principalmente a música do século XX com ênfase nos gêneros populares.

      Aquele que almeja ser bom improvisador deve ter o mesmo tipo de estudo daquele músico que deseja ser compositor ou arranjador, pois existem várias técnicas que são empregadas na ciência da improvisação. Para ter uma boa improvisação devemos ter em conta três fundamentos básicos: harmonia, melodia e forma. A harmonia está representada pelas progressões de acordes sobre as quais se improvisa; a melodia se relaciona às escalas e ferramentas melódicas utilizadas na improvisação e a forma está presente na estrutura rítmica da harmonia, como também na organização das partes da melodia como um todo. Destes três fundamentos o mais importante deles é sem dúvida o conhecimento das relações harmônicas, sejam elas funcionais e não funcionais. Este importância se dá porque o acorde é o fator que determina qual escala deve ser aplicada.

      Resumindo, de nada adianta conhecer todos os modos e todas as escalas se não for capaz de (re) conhecer harmonia com a mesma desenvoltura para poder aplicar corretamente todas as ferramentas melódicas.

      Cronograma proposto:

      1. Primeiro exercício – pensar nas notas da escala
      2. Que tipo de guitarrista eu sou? O que sola ou o que improvisa?
      3. Exposição – conceito macro e conceito micro
      4. Tipos de sonoridades – relações acordes x escala
      5. Campos harmônicos
      6. O blues – velhos caminhos, novos conceitos
      7. Modos (escala maior, escala menor harmônica e escala menor melódica)
      8. Improvisação por centros tonais maiores
      9. Improvisação por centros tonais menores
      10. Empréstimo modal
      11. Dominantes secundários
      12. Análise harmônica
      13. Aplicação de escalas sobre o acorde dominante
      14. Prática de escalas
      15. Troca de tonalidades
      16. Troca de dominantes
      17. Análise e aplicação
      18. Improvisação sobre harmonias (verticalização)
      19. Substituição de arpejos (tétrades)
      20. Soluções por acorde
      21. Pentatônicas no ciclo de 5ºs e no ciclo de 4ºs
      22. Estudos sobre II V I
      23. Desenvolvimento de motivos
      24. Linhas melódicas no jazz
      25. Utilizando notas de um acorde (chord tones)
      26. Outside 1 (tensão x relaxamento ou resolução)
      27. Outside 2 (por estudo de relações harmônicas)
      28. Outside 3 (conceitos como coltrane changes e dodecafonismo)
      29. Outside 4 (novas linguagens e novas abordagens)
      30. Tabela de escalas

      Espero que este estudo contribua no desenvolvimento de sua musicalidade, uma grande integração e uma nova forma dentro do saber musical.

      Alexandre Bastos Tenha aulas particulares São Paulo / SP | 2 músicas | 13 batalhas | 22 lições
      Guitarrista há 27 anos, atuou em varias bandas covers e autorais. Foi colaborador da Revista Cov ...leia mais »
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