Olá, pessoal do Guitar Battle!
Nesta lição, nós iremos tratar da questão “guitarrista que sola” x “guitarrista que improvisa”. Para isto, pense na situação de que é mais um dia comum de aula na vida de um professor de música e surge um aluno com a seguinte pergunta: “Professor, já estou sabendo todas as escalas, todos os arpejos e todos os tipos de acorde. O que faço agora com isso tudo?”.
A resposta para essa pergunta é simples. O aluno deve fazer música. Apesar desta resposta ser direta e objetiva, muitos alunos ainda não conseguem vislumbrar a simplicidade da resposta acima.
É muito comum executarmos escalas de uma maneira linear, muitas vezes improvisando de maneira tonal (o que também não é de todo incorreto) e na maioria das vezes esquecendo-se de pensar em acordes ou no gênero musical.
Neste momento, eu gostaria de fazer uma pergunta de fundamental importância: “você sola ou improvisa?”
Eu fiz esta pergunta a mim mesmo há algum tempo e conclui que eu solava mais do que improvisava. Mas o porquê da indagação e qual a diferença entre solo e improviso?
A diferença entre um solo e um improviso vai além dos verbetes do dicionário. Está na colocação destas palavras na música.
Um solo é o destaque principal de uma peça musical e que destaca unicamente um instrumento, seja pela habilidade técnica ou melódica fazendo da técnica um fim para a composição musical.
Um improviso segue justamente o contrário. Um improviso pode ser construído sobre uma harmonia definida e pode seguir uma melodia pré-estabelecida, criando variações sobre a melodia principal, podendo alterar as notas desta melodia ou criando uma nova melodia sobre a melodia principal, reproduzindo os motivos, sejam eles melódicos ou rítmicos do tema principal. Em outras palavras um improviso é parte integrante da composição onde este momento não destaca somente um único instrumento. Enriquece a composição como um todo. Costumo dizer que um improviso é uma composição instantânea e que deve como já disse anteriormente, valorizar a peça musical como um todo.
Se você se fez esta pergunta e se coloca na primeira situação é bem provável que também se pergunte o que deve fazer com todas as escalas e arpejos que já sabe.
Dentro desta forma de pensar, vou propor dicas importantes para o começo de um novo olhar sobre este assunto tão apaixonante, intrigante e instigante que é a improvisação.
Vou propor um pensamento sobre técnica e velocidade.
Velocidade não é o item mais importante em uma improvisação. Quando falamos em improvisação temos que pensar em escolha de notas, contorno melódico, motivos, notas do acorde, harmonia e etc.. Resumindo, velocidade não é tudo.
Ter técnica não é tocar rápido, é ter o domínio de várias ferramentas quanto à execução de um instrumento. Então podemos concluir que música não é uma corrida onde ganha quem é o mais rápido, pois estamos falando de arte e arte não pode ser encarada como uma competição.
Como primeiro exercício, vamos tomar apenas dois acordes. Estes acordes são C7M e Eb7M. Vamos estabelecer que para cada um destes acordes, nós utilizaremos dois compassos de duração. Sobre estes dois acordes nós tocaremos apenas a escala maior de cada um deles.
A seguir temos 2 shapes para a escala maior. As notas em destaque nos círculos brancos correspondem à posição da tônica da escala e definem a tonalidade em que se vai tocar. Posicione a tônica de qualquer um dos shapes na terceira casa da corda Lá para tocar sobre o C7M; e na sexta casa para tocar sobre o Eb7M.
Dentro disso vamos estabelecer as seguintes regras:
Esta abordagem de estudo costuma trazer resultados muito satisfatórios no que concerne à assimilação de escalas e fraseado, pois nos obriga a pensar em intervalos e notas da escala e não em digitações estabelecidas.
Fazendo novamente o mesmo exercício, vamos apenas trocar um intervalo. Ao invés de utilizarmos o intervalo de quarta justa (para Dó maior a quarta justa é a nota Fá e para Mib Maior a quarta justa é a nota Láb), vamos utilizar o intervalo de quarta aumentada (Fá# e Lá respectivamente para Dó e Mib) e refazer todo o processo anterior. Com isso, podemos observar que o intervalo de quarta aumentada se estabiliza melhor contra um acorde maior com sétima maior, podendo ser esta nova escala (modo lídio) a melhor opção para este acorde.
Dentro desta dica, podemos “turbinar” um pouco mais este conceito, utilizando estas mesmas regras e executando este exercício em apenas uma corda e com apenas um único dedo.
Um abraço e até a próxima!
muito bom cara, agora eu me esclareci no lance da improvisação modal, show!, e essa back track seria Captain of the heart?
Olá Igor. Muito obrigado pelos comentários. Sobre a backing track, não é sobre a musica que citou. Eu mesmo criei os arranjos para ela. Que bom que você citou a improvisação modal. No caso desta aula este é um pequeno grão de areia. Continue acompanhando as aulas que logo abordarei este assunto.
temos q refletir e decidir mas,percebi que faço os dois pois em instrumentais não há como dispensar!!!! Ótima aula!!!
Olá Daniel. Muito obrigado pelo comentario. Porém ouso discordar um pouco de sua opinião. Podemos improvisar sempre, pois o foco é a interação com os outros músicos. Abração.
gosto de improvisar é mais original
Olá. Realmente a improvisação sempre traz um frescor à música. Porém quando se está trabalhando com uma banda de covers ou um artista, o público quer ouvir aquilo que foi gravado. Já quando se trabalha com um gupo de versões o improviso sempre é benvindo desde que haja espaço para isso.
Gosto de improvisar acho melhor e simples!
Olá não vejo esta questão de simplicidade ou melhor e pior. Vejo como pontos de vista. O mais importante é ter bem claro os objetivos que você traça. Abraços
Gosto muito de improvisar em cima das músicas que eu aprendo, quando tem espaço obviamente, e sempre fica bem legal!! é o melhor que os g
bom acho que mais improviso do que solo! sera que e ruim?
Ambos não são ruins, são apenas diferenças em uma peça musical. Claro se você esta trabalhando com uma banda de covers ou um artista, evidentemente o público quer ouvir o que foi gravado. Já em um grupo instrumental ou um grupo de versões, desde que já espaço para isso, você pode improvisar.