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      Guitarra e Violão Contrabaixo

      Um panorama sobre a metodologia de estudo

      Por: Alexandre Bastos | Categoria: Guitarra e Violão, Técnica 9671 exibições Dificuldade Básico

      Olá, pessoal do Guitar Battle!

      Nestes tempos modernos, a palavra que mais ouço é metodologia. Metodologia para alunos avançados, metodologia para alunos de terceira idade, metodologia para crianças e adolescentes, etc. Porém, particularmente falando, pouco ouvi falar sobre metodologia de estudo, fato este que deixa um tanto quanto intrigado.

      Leciono guitarra há vinte e cinco anos e pude observar muitos alunos talentosos. Alguns dedicados, estudiosos e esforçados. Outros confiando apenas em seu talento. O que é certo ou errado não é a questão que levanto aqui. Abordo a questão de como estudar de maneira adequada e objetiva.

      Nestes anos todos, presenciei vários alunos que estudavam várias horas nos finais de semana e ficavam uma semana inteira sem sequer olhar para o instrumento. Também conheci alunos que estudavam em média oito horas por dia o seu instrumento, tinham uma técnica perfeita, mas a musicalidade ficava em segundo plano.

      Partindo deste pressupsoto,  proponho não o estudo quantitativo, mas sim o qualitativo. Resumindo, o que importa não é o quanto se estuda, mas sim a maneira que se estuda.

      Vamos imaginar o seguinte cenário: você tem de estudar escala maior. Digamos que você tenha que estudar dez digitações da escala maior em apenas uma oitava. Agora suponha que você estude cada uma das dez digitações por dois minutos cada. Parece pouco tempo? Experimente fazer isso e verá que parece ser interminável, pois o tempo é relativo. Imagine agora se você ficar submerso em uma banheira cheia cubos de gelo, durante os mesmos dois minutos. Parece pouco tempo?

      Veja a seguir alguns exercícios para se treinar escala maior:

      Shape 01

      Shape 02

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      Shape 10

       

       

       

       

      Resumindo, se o aluno estiver focado e concentrado, é possível em vinte minutos diários fazer um eficiente estudo destas digitações.  Isso é objetividade, pois o tempo rende e proporciona a sensação de que estudou por horas. Experimente estudar durante uma semana desta forma e veja o resultado alcançado.

      Eu costumo dividir os meus estudos em três grandes grupos: mecânico, racional e emocional. E sub-divido estes grupos em tópicos, para que o estudo seja sempre direcionado e objetivo.

      Para a parte mecânica e racional, faço uso de um cronômetro para que estas etapas sejam divididas de forma que eu aproveite ao máximo esta parte do estudo. Para a parte emocional (onde envolve a criatividade), costumo deixar livre, com o objetivo de fazer música, com os estudos mecânicos e racionais. Segue abaixo uma proposta de estudo organizado.

      Estudos mecânicos:

      Desenvolvimento técnico —> palhetada alternada, sweep picking, ligados, tapping e palhetada híbrida, precisão rítmica, sonoridade, elementos de interpretação (bends, slides, vibratos, alavanca, etc).

      Conhecimento do braço —> notas naturais e notas alteradas no braço da guitarra, escalas  maior, menor natural, menor harmônica, menor melódica, maior harmônica, pentatônicas maiores e menores (incluindo as pentatônicas blues), modos gerados pela escala maior, menor harmônica, menor melódica e maior harmônica, escalas simétricas (tons inteiros, diminuta, dominante diminuta, cromática), arpejos (tríades maior, menor, aumentada e diminuta), arpejos (tétrades M7M, M7M(#5), M7, M7(#5), M7(b5), m7, m7(#5), m7M, m7M(#5), m7(b5) e diminuto), intervalos no braço da guitarra, possibilidade de digitação dos acordes (incluindo inversões e tensões), condução de vozes, acordes quartais e acordes com corda solta.

      Etudos racionais:

      Conhecimento dos campos harmônicos, substituições diatônicas, uso de notas de tensão, dominantes secundários e substitutos, cadências II – V (maiores e menores), funções do acorde diminuto, resoluções do trítono, acordes de empréstimo modal; modulação, harmônia quartal, modalismo e ciclos harmônicos, estudos de intervalos, formação de escalas, formação de acordes, relações acorde x escala, substituições de arpejos, leitura.

      Improvisação —> centros tonais, dominantes secundários e substitutos, utilização de escalas pentatônicas e blues, utilização de escalas simétricas, aproximação cromática, fraseado, desenvolvimento de motivos, transcrições, repertório e análise.

      Estudos emocionais:

      Composições, arranjos, eeharmonização, criação de frases (fraseologia), pesquisa de timbres, visita a museus, exposições fotográficas, leitura de livros, visitas ao cinema, passeios, etc.

      Organizando os estudos, todos os itens ficam mais fáceis de assimilar, tornando assim o estudo muito mais agradável e proveitoso.

      Grande abraço!

      Alexandre Bastos Tenha aulas particulares São Paulo / SP | 2 músicas | 13 batalhas | 22 lições
      Guitarrista há 27 anos, atuou em varias bandas covers e autorais. Foi colaborador da Revista Cov ...leia mais »
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